A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta semana um treinamento para o controle, diagnóstico precoce, manejo e prevenção da coqueluche. Os 200 participantes trabalham em 21 municípios dos Campos Gerais pertencentes às Regionais de Saúde de Ponta Grossa (3ª RS), local onde foi realizada a capacitação, em seu município-sede, e de Irati (4ª RS).
Profissionais da Atenção Primária, Pronto Atendimentos e estabelecimentos hospitalares aprofundaram seus conhecimentos para a coleta de material nasal com o objetivo de diagnosticar a doença, os aspectos clínicos, dados e relatos da doença, além da parte prática. Neste ano, na região foram confirmados 92 casos, de acordo com o último boletim da coqueluche , publicado nesta quarta-feira (25).
De acordo com o informe semanal, a maioria das confirmações em 2024 são da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, com 295 casos, seguida da 3ª RS de Ponta Grossa (73), 17ª RS de Londrina (71) e a 1ª e 15ª Regionais de Paranaguá (20) e Maringá (20). O único óbito ocorreu em Londrina e outros quatro permanecem em investigação.
A médica Melissa Favile Erdmann, infectologista do Hospital Pediátrico Waldemar Monastier, uma das palestrantes, disse que é importante esse aprimoramento, principalmente em relação às crianças, já que são a maior parte dos diagnosticados. “Em adultos a doença é menos frequente e pode passar despercebida ou, até mesmo, ser confundida com outras patologias respiratórias, o que justifica a importância do treinamento”, afirmou
“A principal diferença clínica é a tosse característica e mais prolongada, que chega a durar mais de três meses e com longos ciclos que dificultam a respiração”, complementou.
A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde do Estado.
AÇÕES – A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa não mede esforços para conter a doença e realiza várias ações em todo o Estado junto aos municípios. Elas incluem notas de alerta; videoconferências e capacitações presenciais com as Regionais de Saúde e municípios, além da busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal.
Também é realizada a vacinação de forma excepcional dos trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos.
As medidas incluem orientação para controle de visitas e contatos de sintomáticos respiratórios aos recém-nascidos; notificação e investigação imediata (até 24h) dos casos suspeitos e confirmados para medidas de controle e tratamento da doença em tempo oportuno; e outras ações direcionadas aos contatos próximos e sobre a coleta para o diagnóstico.
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